sempre o mesmo trote pernóstico

Não pretendo ler mais Machado de Assis, a não ser seus afamados contos. Talvez também o começo de Dom Casmurro, do qual já li crítica que me despertou a curiosidade. (…) Por vários motivos: acho-o antipático de estilo, cheio de atitudes para ‘embasbacar o indígena’; lança mão de artifícios baratos, querendo forçar a nota da originalidade; anda sempre no mesmo trote pernóstico, o que torna tediosa a leitura. Quanto às ideias, nada mais do que uma desoladora dissecação do egoísmo e, o que é pior, da mais desprezível forma do egoísmo: o egoísmo dos introvertidos inteligentes.

Os cadernos do cônsul Guimarães Rosa, trecho dos diários do escritor citado em Valor Econômico, 14/01/2002.

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