all in

Most writers are conservative. By that I mean they lock their best ideas in a vault and take pleasure in the richness of their stores, like misers with their money. Maybe you have moleskins full of hastily scribbled notes. Or a corkboard next to your desk messy with images, structural blueprints, articles ripped from magazines. Or at the very least a folder on your computer labeled Stuff. For every story or essay or poem you write, you withdraw one image, two characters, maybe three of the metaphors you have stockpiled—and then slam shut the vault and lock it with a key shaped like a skeleton’s finger.

via glimmertrain.com eu também tinha dessas, como diria o autor do texto, nervously rationing out my ideas. depois que li esse artigo fiquei com isso na cabeça. aí que A vida secreta das nuvens já é um livro all in, ou ao menos se tornou, durante o processo de escrita. não economizei ideias. ideias soltas que me vinham no meio do caminho rumo à academia iam parar no livro. duas vezes pedi pra mocinha da recepção um pedaço de papel e caneta pra anotar uma frase que eu não queria ver fugir. agora, nem isso. escrevo na minha cabeça. anotar? deixo as frases fugirem. que fique o que deve ficar. e o que ficar, vai pra história. não economizo nada, não guardo nada pra depois e ideia vem sempre todo instante, sem trégua. o livro que estou escrevendo agora (não tem título) é uma aposta de todas as fichas. ALL IN. acho que vai ser a melhor coisa que já escrevi. não: tenho certeza. não consigo parar de escrever e ele já vai a 60 páginas, e os personagens já me odeiam, um tanto.

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