vinte e dois de outubro, praia de Tambaba, Paraíba

garganta ruim desde Pipa, deixamos de ir a Tambaba nos primeiros dias de João Pessoa porque eu queria me recuperar um pouco. o plano inicial ainda teria sido passar alguns dias naquela região, mas era tudo muito caro ou muito isolado, e sem carro era melhor mesmo conseguir transporte pra curtir um dia. fizemos o percurso completo: ônibus até o terminal e “alternativo” (táxis coletivos que fazem o mesmo caminho do ônibus e cobram o mesmo preço por pessoa) até a praia de Jacumã. esse mesmo taxista ainda disse que nos levava até Tambaba por um preço camarada (de Jacumã a Tambaba não tem transporte). topamos. quando chegamos ele quis sugerir um preço pra nos buscar, mas a coisa começou a ficar cara demais.

resolvemos que a volta a gente via como fazer depois. a praia de Tambaba fica num meio de nada. tem um camping, umas banquinhas de artesanatos, dois restaurantes na praia, que é curtinha. ao final dela uma entrada avisando que ali começava a parte naturista da praia. se quisesse entrar, tinha que tirar a roupa. cruzamos a passagem até o outro lado de Tambaba e seguimos o script. essa parte da praia é um pouco maior, com ondas mais agressivas. bem no meio, uma pousada naturista, uns guarda-sois e um belo punhado de gente — só entram casais, mulheres desacompanhadas e homens que tenham um tal de passaporte naturista — andando pela praia ou tomando sol sem roupa.

encontramos uma sombra de árvore e passamos a manhã por lá. em um momento que estávamos tirando fotos (pode tirar foto de si próprio e da paisagem, só não pode tirar foto dos outros, obviamente) o Oliver pediu a dois homens — um casal — que tirassem nossa foto. eles foram mui simpáticos, tiraram a foto, seguiram seu caminho, voltamos a nossa sombra. quando decidimos ir embora, paramos ali pelo estacionamento e fomos sondando as pessoas que iam sair de carro se tinha lugar pra mais dois, se nos levavam até Jacumã ou João Pessoa. uns dois primeiros tinham o carro lotado, e o Oliver estava conversando com um tipo que queria cobrar alguma coisa quando vi o tal do casal simpático — dessa vez com roupa — saindo da praia e seguindo ao estacionamento. falei com eles, perguntei se tinha lugar pra mais dois no carro, se iam a Jacumã ou João Pessoa. “ah, vocês que tinham pedido pra gente tirar foto”; aparentemente de roupa ficou difícil reconhecer. disseram que iam a João Pessoa sim, tinha lugar, mas antes iam passar na praia de Coqueirinho, vocês se importam?

e mais uma vez por acaso encontrar gente com a mesma pilha, a mesma busca, as mesmas ideias. eram de Santa Catarina, moravam em Belo Horizonte e um deles trabalhava com turismo e conhecia mui bem a região de Aparados da Serra (entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul), e se ofereceu pra dar todas as dicas caso a gente resolvesse passar por lá.

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